Vivemos tempos turvos onde a desinformação, o fanatismo, o desrespeito e a estupidez proliferam. Uma das coisas mais bizarras que assistimos nesses tempos são os ataques à figura do educador Paulo Freire.
Freire, como está amplamente divulgado, possui fundamentais obras, ações e reconhecimento público, não apenas no Brasil, mais em todo mundo; tendo sido inclusive, entre muitas honrarias, incluído na capital da Suécia, Estocolmo, em uma escultura que homenageia os sete pensadores que foram considerados os mais importantes nas décadas de 60/70.
Mas isso não impede - aqui no Brasil - o descalabro e a insensatez nesses nossos famigerados dias de fanatismo e estupidez ideológica em relação à figura de Freire. Um amigo meu professor relatou que, acabando de chegar a uma escola nova, foi imperativamente interpelado - à queima-roupa, diga-se de passagem - por um outro "educador":
- Paulo Freire ou Olavo de Carvalho?
Isso seria o mesmo (do ponto de vista epistemológico, fenomenológico, cognitivo, histórico ou mesmo psicológico) que uma pessoa convidada para um jantar, chegando ao local, recebesse o seguinte questionamento:
- "Bacalhoada com vinho do Porto" ou "Miojo com Tang"?
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