Teremos uma verdadeira "VIRADA CULTURAL"
na cidade quando, diariamente,
nossas ruas, praças e parques forem tomados
pelo fazer artístico.
Quando pudermos habitar os espaços e prédios históricos
(muitos vazios, depredados e abandonados)
com nossa imaginação, cultura e arte.
Quando as escolas introduzirem efetivamente a Arte
e as expressões culturais em sua
prática de ensino,
visando não apenas “formar” nossas crianças
para “mão-de-obra” e o
consumo, mais para
se constituírem em seres humanos plenos
de imaginação e afetos.
Quando todos os bairros tiverem pelo menos um
Centro Cultural e a possibilidade de expressar
sua radicalidade humana através da arte,
e não apenas receberem “injeções
culturais”
de outros.
Quando o “disk-silêncio” não for
o silêncio das nossas almas.
Quando a violência simbólica do desinteresse,
da omissão e da apatia pública não destruir diariamente
nossas necessidades de expressão,
nossos sonhos e desejos de viver
nossa radicalidade humana.
Quando houver “políticos” nesse Estado
com alguma percepção de mundo, respeito às demandas
e direitos culturais estabelecidos constitucionalmente
e um mínimo de inteligência para
fazer uma
revolução social através da arte,
diminuindo as ações e gastos
com a repressão policial.
Quando o fazer cultural
não for um evento pontual
de uma pseudovirada
e se tornar parte do corpo
orgânico da cidade,
sua essência significante,
envolvente e pulsante.
Comentários
Que não seja apenas a apropriação de uma iniciativa, criada em outro estado e que virou um "modismo", para um oba-oba temporário contido em uma empolgação politiqueira.
Será que essa virada cultural se perpetuará em nosso calendário?
Será que um dia a cultura capixaba receberá as devidas atenções e considerações de nossos gestores públicos?
Enquanto isso, vislumbramos a cópia desse "modismo" e torcemos para que se perpetue e, assim como tantas outras iniciativas, não morra com o passar politiqueiro do tempo.