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Mostrando postagens de julho, 2017

Fúria e Combate em Nelson Rodrigues: uma leitura Nietzschiana

“ Vestido de Noiva teve o tipo de sucesso que cretiniza um autor. Parti para Álbum de família, que é um anti-Vestido de Noiva. O teatro é mesmo dilacerante, um abscesso. Teatro não tem que ser bombom com licor.” (Nelson Rodrigues, em Teatro Completo, p. 22 – Org. S. Magaldi) “ Atacar faz parte dos meus instintos. Poder ser inimigo, ser inimigo – isso talvez pressuponha uma natureza forte. Ela precisa de resistência, por isso ela busca resistência: o páthos agressivo faz parte, necessariamente, da força, assim como os sentimentos da vingança e da revanche fazem parte da fraqueza.” (Nietzsche, em Ecce Homo) Ao debruçarmos sobre a obra de Nelson Rodrigues – ou sobre qualquer outra obra - temos evidentemente um solo próprio que nos perpassa. Somos brasileiros, logo somos, de alguma forma, “cristãos”, pois, é esse o solo-imaginário que domina nossa cultura; mesmo quando se posiciona como “ateu” a luta de negação se dá contra o hegemônico simbolismo do Cristianismo. Somos tamb

Bacalhoada ou Miojo?

Vivemos tempos turvos onde a desinformação, o fanatismo, o desrespeito e a estupidez proliferam. Uma das coisas mais bizarras que assistimos nesses tempos são os ataques à figura do educador Paulo Freire. Freire, como está amplamente divulgado, possui fundamentais obras, ações e reconhecimento público, não apenas no Brasil, mais em todo mundo; tendo sido inclusive, entre muitas honrarias, incluído na capital da Suécia, Estocolmo, em uma escultura que homenageia os sete pensador es que foram considerados os mais importantes nas décadas de 60/70. Mas isso não impede - aqui no Brasil - o descalabro e a insensatez nesses nossos famigerados dias de fanatismo e estupidez ideológica em relação à figura de Freire. Um amigo meu professor relatou que, acabando de chegar a uma escola nova, foi imperativamente interpelado - à queima-roupa, diga-se de passagem - por um outro "educador": - Paulo Freire ou Olavo de Carvalho? Isso seria o mesmo (do ponto de vista epistemológico