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Mostrando postagens de junho, 2012

Nietzsche e a morte de Deus

Existe uma crença popularmente disseminada que Nietzsche teria proclamado “a morte de Deus”. Talvez por ser um pensador muito “lido e interpretado” na contemporaneidade os equívocos gerados também o acompanham na mesma proporção da “popularização” de seus escritos. Mas se não foi Nietzsche, como é largamente difundido, quem então teria cometido o “assassinato de Deus”? Ao que se referia Nietzsche quando escreveu “Deus está morto” através de um personagem enlouquecido? É sobre essa questão que refletiremos. É na sua obra “A Gaia Ciência” (1882) que aparece este anúncio, mas precisamente nos aforismos 108 e 125 do Livro II e 343 do Livro IV. Temos como referência maior e mais comumente difundida o aforismo 125 – intitulado de “O Insensato” - que transcrevo parcialmente abaixo: “Nunca ouviram falar desse louco que acendia uma lanterna em pleno dia e desatava a correr pela praça pública gritando sem cessar: “Procuro Deus! Procuro Deus!” – Como havia ali muitos daqueles que não acre