Os meninos foram prá rua. Se indignaram, se mobilizaram, se encorajaram e nos chamaram. Reacenderam em nós aquela velha chama da luta. Nos mostraram que temos força e poder. Que coragem é um exercício de vida e não um dom. Os meninos foram prá rua. Eu e muitos outros que talvez tivessem até perdido a noção da liberdade e da capacidade de indignar-se, nos juntamos a eles. Erguemos nossos braços, gritamos palavras de ordem, trocamos olhares, nos demos às mãos, nos abraçamos, nos fizemos irmãos, nos sentimos nação. Irmãos de guerra, de batalha, de combate e de disposição. Mas sobretudo irmãos de afeto. Afetados que estávamos pela mesma indignação. Nos tornamos afetuosamente cúmplices. Os meninos foram prá rua. Enfrentaram armas, bombas morais e imorais, se expuseram, colocaram suas caras e seus corpos à mercê dos ataques da milícia armada . A milícia Governamental. A milícia oficial. A milícia paga. A milícia treinada. A milícia rude. A milícia covarde. Mas não houve medo e apatia. A cova
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